quarta-feira, 7 de outubro de 2009

UM ACORDO DE CRAQUES!

Campeonato Brasileiro de 1972. Pela última rodada da segunda fase, Corinthians e Fluminense enfrentam-se no Pacaembu. O Flu já estava desclassificado. O Corinthians, com aquele empate por 0 a 0, classificava-se para as semifinais, pois, em Fortaleza, o Atlético Mineiro, único time que poderia tirar a vaga do Timão, acabara de empatar com o Ceará por 1 a 1.Quando o alto-falante do Pacaembu anunciou o resultado do jogo do Galo no Ceará, Rivellino aproximou-se de Gérson, seu velho companheiro de Seleção Brasileira, que preparava-se para encerrar a carreira no Flu. E o convenceu de que o empate para os dois estava bom.


“Falei, sim”, confirmou Rivellino à revista Placar daquela semana. “Encostei no Papagaio e disse a ele que o empate estava bom para os dois times e que classificaria o meu.” Nas semifinais, o Corinthians perdeu para o Botafogo, por 2 a 1, no Maracanã. E desperdiçou a chance de decidir o Brasileiro de 72 com o Palmeiras.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ROBERTÃO DE 68!

Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968, o embrião do atual campeonato brasileiro. Quatro equipes disputam a fase decisiva, jogando entre si em turno único. Na primeira rodada, disputada no dia 4 de dezembro daquele ano, enquanto o Palmeiras faz 3 a 0 no Vasco, jogando no Morumbi, o Santos vai a Porto Alegre, enfrentar o Inter no Estádio Olímpico, do Grêmio, pois o Beira-Rio ainda não existia. E volta com um excelente resultado: vitória por 2 a 1, gols de Pelé e Carlos Alberto Torres. Elton marcou o gol colorado.
Nas duas rodadas seguintes, o Santos faz 3 a 0 no Palmeiras, 2 a 1 no Vasco e fica com a taça. O Inter perde outra, de 3 a 2 para o Vasco, mas graças aos 3 a 0 sobre o Palmeiras, na última rodada, encerra sua campanha com um saldo de gols melhor que o dos rivais, e fica com o vice-campeonato no Robertão de 68.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

DR. SÓCRATES MARCA PARA O SANTOS CONTRA O GRÊMIO!

17 anos. Esse foi o tempo que Santos e Grêmio levaram até jogar uma partida de Brasileiro na Vila Belmiro, como acontece mais uma vez hoje. Entre 71, ano da disputa do primeiro Campeonato Brasileiro, e 87, os dois times ou se enfrentaram no Olímpico, em Porto Alegre, ou jogaram no Pacaembu e no Morumbi, quando a disputa era em São Paulo. Até que na tarde de 4 de dezembro de 88, um domingo, finalmente aconteceu o primeiro jogo de Brasileiro entre Santos e Grêmio na Vila.O destaque santista era Sócrates, que, aos 34 anos, resolveu voltar ao futebol. E foi do Doutor um dos gols daquela partida, o segundo, que valeu a vitória santista por 2 a 1. O lateral-direito Heraldo havia feito Santos 1 a 0, ainda no primeiro tempo. Bonamigo, de pênalti, marcou o gol de honra gremista, já na segunda etapa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

HÁ 20 ANOS, ROBERTO DINAMITE ERA DA LUSA!

Sábado, no Canindé, após a vitória do Vasco por 3 a 1 sobre a Portuguesa, pela Série B, vários dirigentes do clube carioca foram agredidos pela torcida da Lusa. Por pouco o presidente vascaíno, Roberto Dinamite, não foi um dos atingidos. Justo ele, que há exatos 20 anos, em agosto de 1989, chegava a São Paulo para defender a própria Portuguesa. Na foto, Roberto posa com a camisa do clube paulistano, pelo qual disputou o Campeonato Brasileiro de 1989.
Aos 35 anos, Carlos Roberto de Oliveira, maior artilheiro da história vascaína e atualmente presidente do clube, deixava a equipe onde iniciou a carreira para defender a Portuguesa por um curto empréstimo de quatro meses. Naquele período, ajudou a Lusa a cumprir uma honrosa campanha na primeira divisão nacional: a Portuguesa foi a sétima colocada do Brasileiro de 1989, com 7 vitórias, 6 empates e 5 derrotas nos 18 jogos que disputou. O campeão foi justamente o Vasco, ex-time de Roberto, derrotando o São Paulo na final por 1 a 0, com um gol de Sorato. Depois da Portuguesa, Roberto Dinamite retornou ao Vasco, teve ainda uma rápida passagem pelo Campo Grande, em 1991, e voltou uma vez mais a São Januário, para encerrar a carreira, em 1993. Nove dos 190 gols que fazem de Roberto Dinamite o maior artilheiro da história do Brasileiro até hoje foram marcados com a camisa da Portuguesa, nos 17 jogos que ele disputou pela Lusa no campeonato de 1989.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

OS 60 ANOS DO SANTISTA EDU!

Jonas Eduardo Américo, o Edu, ponta-esquerda que marcou época principalmente com a camisa do Santos, de 1965 a 1976, completa 60 anos nesta quinta-feira, 6 de agosto. Na foto, Edu posa orgulhoso com o agasalho da Seleção Brasileira, para a qual havia sido convocado pela primeira vez aos 16 anos, em maio de 1966, para um amistoso do Brasil contra o País de Gales, no Maracanã, vencido pelos brasileiros por 3 a 1. Naquela oportunidade, Edu não chegou a entrar em campo.
Edu nasceu em Jaú, no interior de São Paulo, onde começou a jogar pelo XV de Novembro local. De lá, transferiu-se para o Santos, para jogar ao lado de Pelé e conquistar as maiores glórias de sua carreira. Foi quatro vezes campeão paulista, em 1967, 1968, 1969 e 1973, e ganhou o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão) em 1968. Habilidoso, grande driblador, aos 16 anos Edu já disputava a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, pela Seleção. Aos 20, sagrava-se tricampeão mundial no México, em 1970, como reserva. Participou, ainda, da Copa de 1974, porém, devido à tendência para engordar, teve a carreira abreviada. Aos 28 anos, ganhou pelo Corinthians o histórico título paulista de 1977, embora na época da decisão seu contrato já estivesse rescindido. Edu jogou ainda no Monterrey, do México, e no São Cristóvão, do Rio.16 anos e dez meses tinha Edu quando vestiu a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez, na goleada por 4 a 1 sobre a Polônia, em um amistoso, no dia 5 de junho de 1966. Recorde de precocidade que permanece em pé até hoje.

sábado, 1 de agosto de 2009

EM FASE DE REESTRUTURAÇÃO, VASCO CELEBRA 35 ANOS DE SEU PRIMEIRO TÍTULO BRASILEIRO!

O Vasco vive um momento de redescoberta de sua identidade. No presente, o time segue uma inédita e incômoda trajetória na Série B do Brasileirão. Algo antes impensável para um clube acostumado a figurar sempre entre os melhores do futebol brasileiro. Nos arquivos históricos é fácil verificar a importância vascaína na divisão principal, seja na revelação de artilheiros ou no protagonismo de partidas decisivas. Na galeria de troféus em São Januário, há espaço especial para as quatro taças de campeão brasileiro, conquistadas uma a cada década: 74, 89, 97 e 2000. Se falta inspiração ao time atual para resgatar a grandeza do Gigante da Colina, um bom caminho é seguir o exemplo da primeira equipe campeã, há exatos 35 anos.

No dia 1º de agosto de 1974, o Vasco entrava no Maracanã para disputar a decisão da quarta edição do Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro, o que por si só já representava uma grande vitória. Os vascaínos nem de longe eram apontados como favoritos ao título antes do começo do torneio. Os adversários contavam com elencos recheados de estrelas. O Flamengo vinha com Zico e Dadá Maravilha, o Internacional com Falcão e Figueroa, o Cruzeiro com Palinha e Nelinho, e o Santos com ninguém menos que Pelé. Contrariando as previsões, o elenco cruzmaltino triunfaria no fim, consagrando o artilheiro Roberto Dinamite, então com 20 anos.

O CAMINHO SUPREENDENTE ATÉ O TÍTULO:

Na primeira fase do campeonato, os 40 times foram divididos em dois grupos de 20. O Vasco caiu no Grupo A e teve uma campanha regular, ficando apenas na sétima colocação, com 22 pontos. Na segunda fase, as equipes foram divididas em quatro chaves de seis, com os vascaínos presentes no Grupo 2 com Corinthians, Atlético-MG, Vitória, Nacional-AM e Operário-MS. Nesta fase, o time começou a se destacar e mostrar que tinha mais valor do que era apontado pelos críticos. Conseguiu a primeira colocação, vencendo três partidas e empatando outras duas. O desempenho lhe garantiu uma vaga no quadrangular final, ao lado de Cruzeiro, Internacional e Santos.

Na última fase da competição, os times se enfrentariam em turno único. Quem tivesse mais pontos seria o campeão. A primeira prova de fogo era o Santos, que além de Pelé, em seu último ano na Vila Belmiro, contava ainda com os também campeões mundiais em 70 Clodoaldo e Edu, além de Cejas e Marinho Peres. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Luís Carlos abriu o placar para os cariocas no Maracanã. Aos 30 minutos do segundo tempo, Pelé empatou o jogo em cobrança de falta. A situação ficava tensa para os mais de 97 mil torcedores que incentivavam o Vasco. Mas faltando apenas quatro minutos para o fim, Roberto Dinamite fez o gol que garantiu a suada vitória por 2 a 1.


O segundo desafio era contra o Cruzeiro, no Mineirão. O favoritismo era todo celeste, que tinha a melhor campanha do campeonato. Ninguém acreditava em outro placar que não fosse a vitória dos mineiros. E o prognóstico parecia se confirmar após o gol de Zé Carlos, aos 44 minutos do primeiro tempo. O Vasco, porém, conseguiu o empate aos 13 minutos do segundo tempo, com um jogador de apelido curioso: o lateral Alfinete. Mas os protagonistas desta partida acabaram sendo outros: o dirigente Carmine Furletti e o técnico Hilton Chaves, ambos do clube mineiro. Eles invadiram o gramado nos minutos finais e partiram para cima do árbitro Sebastião Rufino e de um dos seus auxiliares. Reclamavam de um suposto pênalti a favor do Cruzeiro que não fora marcado. Aquele episódio teria uma grande repercussão na sequência do campeonato.

Veio então a última partida contra o Internacional, no dia 28 de julho. Bastava uma vitória para que vascaínos conquistassem o título. Mais de 110 mil torcedores compareceram ao Maracanã. E a missão parecia até fácil no início. Nos primeiros vinte minutos, 2 a 0, gols de Roberto e Zanata. No intervalo de jogo, a taça parecia ter caminho certo. Mas o Inter não era adversário para ser subestimado. Veio o segundo tempo, e Lula e Escurinho empataram a partida para os gaúchos. Um balde de água fria na torcida cruzmaltina. O Cruzeiro vencera o Santos por 3 a 1 no Morumbi e se igualara ao Vasco em pontos. Como previa o regulamento, o troféu teria de ser disputado em um jogo extra.

A POLÊMICA DECISÃO DO BRASILEIRO DE 74:


Como o Cruzeiro tinha a melhor campanha do Brasileiro, a partida seria disputada no Mineirão, segundo o regulamento. Mas este, no artigo 59, também informava que se houvesse qualquer tipo de agressão de dirigentes ou torcedores ao árbitro, a tabela do campeonato seria mudada, de modo a inverter o mando dos três jogos seguintes da equipe infratora. A diretoria do Vasco, baseada neste artigo, pediu a mudança do local da partida do Mineirão para o Maracanã. A CBD (entidade que precedeu a CBF) decidiu esperar pelo julgamento de Carmine Furletti e Hilton Chaves para dar o veredito. Os dirigentes celestes acabaram por aceitar a mudança antes mesmo do julgamento.

No dia 1º de agosto, as equipes entraram no Maracanã sob os olhares de 112 mil torcedores. Como era de se esperar, foi uma partida nervosa, marcada por lances polêmicos. O Vasco teve um gol anulado de Jorginho Carvoeiro no primeiro tempo, em impedimento duvidoso. O Cruzeiro também teve um gol não validado de Zé Carlos, nos últimos minutos de jogo, em impedimento inexistente.

Mas também aconteceram lances de emoção e de qualidade técnica por parte dos jogadores. Aos 14 minutos do primeiro tempo, em uma cobrança de falta ensaiada, Zanata rolou para o chute de Fidélis. No meio do caminho, Ademir mandou para dentro do gol: 1 a 0 Vasco. No segundo tempo, o Cruzeiro empatou aos 19 minutos, em uma bomba de Nelinho. Aos 33, porém, o ponta Jorginho Carvoeiro recebeu ótimo passe de Alcir Portela, disputou a bola com o goleiro Vitor e se esticou todo para mandar para dentro da rede: 2 a 1. O Maracanã explodia em festa. O apito final sacramentou o primeiro título de um time carioca no Campeonato Brasileiro e o início de uma trajetória de muitas glórias vascaínas no cenário nacional.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

CARECA PERDEU DOIS PÊNALTIS NUM SÃO PAULO E GRÊMIO!

Campeonato Brasileiro de 83. Careca já era um craque, que havia trocado o Guarani pelo São Paulo, mas ainda se adaptava a seus novos tempos no Morumbi. Naquela tarde de 23 de abril, o São Paulo recebia o Grêmio. Saiu perdendo com um gol de Titã, conseguiu virar o jogo, com um gol contra do goleiro gremista Remi e outro do ponta Paulo César e acabou sofrendo o empate, gol de Tarciso.
Aquele jogo, porém, acabou entrando para a história por causa dos dois pênaltis perdidos pelo São Paulo. Duas vezes Careca bateu, e duas vezes o goleiro gremista Remi defendeu. Aquele jogo acabou 2 a 2, e Careca ainda demoraria um pouco mais para se consagrar como um dos maiores craques do tricolor em todos os tempos.