
“Cheguei a ter medo no vestiário. Chorei. Na hora do Hino Nacional, mal conseguia ver, porque as lágrimas me deixavam cedo.” (Júlio Botelho, sobre o jogo em que entrou em campo vaiado e saiu consagrado..)O Brasil havia se sagrado campeão mundial na Suécia, um ano antes, com grandes atuações do ponta-direita Garrincha, fluminense de nascimento e titular do Botafogo. Por isso, quando os alto-falantes do Maracanã anunciaram o nome de Julinho no lugar do ídolo carioca, ouviu-se uma das maiores vaias da história do estádio. As vaias, porém, transformaram-se em aplausos quando Julinho marcou o primeiro gol, logo aos 2 minutos, e, depois, fez a jogada do segundo, marcado por Henrique, aos 28. Àquela altura, porém, Júlio Botelho já era um jogador consagrado, que havia disputado a Copa do Mundo de 1954 pela Seleção. Iniciou a carreira no Juventus, em 1950, passando logo depois para a Portuguesa, onde ficou até 1955. Na Fiorentina, da Itália, foi considerado o principal jogador do time campeão italiano em 1956. De volta ao Brasil, defendeu o Palmeiras até 1967, sagrando-se campeão paulista em 1959 e 1963, do Rio-São Paulo em 1965 e da Taça Brasil em 1960. 31 jogos e 13 gols fez o ponta-direita Júlio Botelho pela Seleção Brasileira, três deles na Copa do Mundo de 1954, na Suíça, em que marcou dois gols. Pela Seleção, Julinho foi também campeão pan-americano, em 1952, da Copa Roca e da Taça do Atlântico, em 1960.
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