quarta-feira, 7 de outubro de 2009

UM ACORDO DE CRAQUES!

Campeonato Brasileiro de 1972. Pela última rodada da segunda fase, Corinthians e Fluminense enfrentam-se no Pacaembu. O Flu já estava desclassificado. O Corinthians, com aquele empate por 0 a 0, classificava-se para as semifinais, pois, em Fortaleza, o Atlético Mineiro, único time que poderia tirar a vaga do Timão, acabara de empatar com o Ceará por 1 a 1.Quando o alto-falante do Pacaembu anunciou o resultado do jogo do Galo no Ceará, Rivellino aproximou-se de Gérson, seu velho companheiro de Seleção Brasileira, que preparava-se para encerrar a carreira no Flu. E o convenceu de que o empate para os dois estava bom.


“Falei, sim”, confirmou Rivellino à revista Placar daquela semana. “Encostei no Papagaio e disse a ele que o empate estava bom para os dois times e que classificaria o meu.” Nas semifinais, o Corinthians perdeu para o Botafogo, por 2 a 1, no Maracanã. E desperdiçou a chance de decidir o Brasileiro de 72 com o Palmeiras.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ROBERTÃO DE 68!

Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968, o embrião do atual campeonato brasileiro. Quatro equipes disputam a fase decisiva, jogando entre si em turno único. Na primeira rodada, disputada no dia 4 de dezembro daquele ano, enquanto o Palmeiras faz 3 a 0 no Vasco, jogando no Morumbi, o Santos vai a Porto Alegre, enfrentar o Inter no Estádio Olímpico, do Grêmio, pois o Beira-Rio ainda não existia. E volta com um excelente resultado: vitória por 2 a 1, gols de Pelé e Carlos Alberto Torres. Elton marcou o gol colorado.
Nas duas rodadas seguintes, o Santos faz 3 a 0 no Palmeiras, 2 a 1 no Vasco e fica com a taça. O Inter perde outra, de 3 a 2 para o Vasco, mas graças aos 3 a 0 sobre o Palmeiras, na última rodada, encerra sua campanha com um saldo de gols melhor que o dos rivais, e fica com o vice-campeonato no Robertão de 68.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

DR. SÓCRATES MARCA PARA O SANTOS CONTRA O GRÊMIO!

17 anos. Esse foi o tempo que Santos e Grêmio levaram até jogar uma partida de Brasileiro na Vila Belmiro, como acontece mais uma vez hoje. Entre 71, ano da disputa do primeiro Campeonato Brasileiro, e 87, os dois times ou se enfrentaram no Olímpico, em Porto Alegre, ou jogaram no Pacaembu e no Morumbi, quando a disputa era em São Paulo. Até que na tarde de 4 de dezembro de 88, um domingo, finalmente aconteceu o primeiro jogo de Brasileiro entre Santos e Grêmio na Vila.O destaque santista era Sócrates, que, aos 34 anos, resolveu voltar ao futebol. E foi do Doutor um dos gols daquela partida, o segundo, que valeu a vitória santista por 2 a 1. O lateral-direito Heraldo havia feito Santos 1 a 0, ainda no primeiro tempo. Bonamigo, de pênalti, marcou o gol de honra gremista, já na segunda etapa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

HÁ 20 ANOS, ROBERTO DINAMITE ERA DA LUSA!

Sábado, no Canindé, após a vitória do Vasco por 3 a 1 sobre a Portuguesa, pela Série B, vários dirigentes do clube carioca foram agredidos pela torcida da Lusa. Por pouco o presidente vascaíno, Roberto Dinamite, não foi um dos atingidos. Justo ele, que há exatos 20 anos, em agosto de 1989, chegava a São Paulo para defender a própria Portuguesa. Na foto, Roberto posa com a camisa do clube paulistano, pelo qual disputou o Campeonato Brasileiro de 1989.
Aos 35 anos, Carlos Roberto de Oliveira, maior artilheiro da história vascaína e atualmente presidente do clube, deixava a equipe onde iniciou a carreira para defender a Portuguesa por um curto empréstimo de quatro meses. Naquele período, ajudou a Lusa a cumprir uma honrosa campanha na primeira divisão nacional: a Portuguesa foi a sétima colocada do Brasileiro de 1989, com 7 vitórias, 6 empates e 5 derrotas nos 18 jogos que disputou. O campeão foi justamente o Vasco, ex-time de Roberto, derrotando o São Paulo na final por 1 a 0, com um gol de Sorato. Depois da Portuguesa, Roberto Dinamite retornou ao Vasco, teve ainda uma rápida passagem pelo Campo Grande, em 1991, e voltou uma vez mais a São Januário, para encerrar a carreira, em 1993. Nove dos 190 gols que fazem de Roberto Dinamite o maior artilheiro da história do Brasileiro até hoje foram marcados com a camisa da Portuguesa, nos 17 jogos que ele disputou pela Lusa no campeonato de 1989.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

OS 60 ANOS DO SANTISTA EDU!

Jonas Eduardo Américo, o Edu, ponta-esquerda que marcou época principalmente com a camisa do Santos, de 1965 a 1976, completa 60 anos nesta quinta-feira, 6 de agosto. Na foto, Edu posa orgulhoso com o agasalho da Seleção Brasileira, para a qual havia sido convocado pela primeira vez aos 16 anos, em maio de 1966, para um amistoso do Brasil contra o País de Gales, no Maracanã, vencido pelos brasileiros por 3 a 1. Naquela oportunidade, Edu não chegou a entrar em campo.
Edu nasceu em Jaú, no interior de São Paulo, onde começou a jogar pelo XV de Novembro local. De lá, transferiu-se para o Santos, para jogar ao lado de Pelé e conquistar as maiores glórias de sua carreira. Foi quatro vezes campeão paulista, em 1967, 1968, 1969 e 1973, e ganhou o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão) em 1968. Habilidoso, grande driblador, aos 16 anos Edu já disputava a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, pela Seleção. Aos 20, sagrava-se tricampeão mundial no México, em 1970, como reserva. Participou, ainda, da Copa de 1974, porém, devido à tendência para engordar, teve a carreira abreviada. Aos 28 anos, ganhou pelo Corinthians o histórico título paulista de 1977, embora na época da decisão seu contrato já estivesse rescindido. Edu jogou ainda no Monterrey, do México, e no São Cristóvão, do Rio.16 anos e dez meses tinha Edu quando vestiu a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez, na goleada por 4 a 1 sobre a Polônia, em um amistoso, no dia 5 de junho de 1966. Recorde de precocidade que permanece em pé até hoje.

sábado, 1 de agosto de 2009

EM FASE DE REESTRUTURAÇÃO, VASCO CELEBRA 35 ANOS DE SEU PRIMEIRO TÍTULO BRASILEIRO!

O Vasco vive um momento de redescoberta de sua identidade. No presente, o time segue uma inédita e incômoda trajetória na Série B do Brasileirão. Algo antes impensável para um clube acostumado a figurar sempre entre os melhores do futebol brasileiro. Nos arquivos históricos é fácil verificar a importância vascaína na divisão principal, seja na revelação de artilheiros ou no protagonismo de partidas decisivas. Na galeria de troféus em São Januário, há espaço especial para as quatro taças de campeão brasileiro, conquistadas uma a cada década: 74, 89, 97 e 2000. Se falta inspiração ao time atual para resgatar a grandeza do Gigante da Colina, um bom caminho é seguir o exemplo da primeira equipe campeã, há exatos 35 anos.

No dia 1º de agosto de 1974, o Vasco entrava no Maracanã para disputar a decisão da quarta edição do Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro, o que por si só já representava uma grande vitória. Os vascaínos nem de longe eram apontados como favoritos ao título antes do começo do torneio. Os adversários contavam com elencos recheados de estrelas. O Flamengo vinha com Zico e Dadá Maravilha, o Internacional com Falcão e Figueroa, o Cruzeiro com Palinha e Nelinho, e o Santos com ninguém menos que Pelé. Contrariando as previsões, o elenco cruzmaltino triunfaria no fim, consagrando o artilheiro Roberto Dinamite, então com 20 anos.

O CAMINHO SUPREENDENTE ATÉ O TÍTULO:

Na primeira fase do campeonato, os 40 times foram divididos em dois grupos de 20. O Vasco caiu no Grupo A e teve uma campanha regular, ficando apenas na sétima colocação, com 22 pontos. Na segunda fase, as equipes foram divididas em quatro chaves de seis, com os vascaínos presentes no Grupo 2 com Corinthians, Atlético-MG, Vitória, Nacional-AM e Operário-MS. Nesta fase, o time começou a se destacar e mostrar que tinha mais valor do que era apontado pelos críticos. Conseguiu a primeira colocação, vencendo três partidas e empatando outras duas. O desempenho lhe garantiu uma vaga no quadrangular final, ao lado de Cruzeiro, Internacional e Santos.

Na última fase da competição, os times se enfrentariam em turno único. Quem tivesse mais pontos seria o campeão. A primeira prova de fogo era o Santos, que além de Pelé, em seu último ano na Vila Belmiro, contava ainda com os também campeões mundiais em 70 Clodoaldo e Edu, além de Cejas e Marinho Peres. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Luís Carlos abriu o placar para os cariocas no Maracanã. Aos 30 minutos do segundo tempo, Pelé empatou o jogo em cobrança de falta. A situação ficava tensa para os mais de 97 mil torcedores que incentivavam o Vasco. Mas faltando apenas quatro minutos para o fim, Roberto Dinamite fez o gol que garantiu a suada vitória por 2 a 1.


O segundo desafio era contra o Cruzeiro, no Mineirão. O favoritismo era todo celeste, que tinha a melhor campanha do campeonato. Ninguém acreditava em outro placar que não fosse a vitória dos mineiros. E o prognóstico parecia se confirmar após o gol de Zé Carlos, aos 44 minutos do primeiro tempo. O Vasco, porém, conseguiu o empate aos 13 minutos do segundo tempo, com um jogador de apelido curioso: o lateral Alfinete. Mas os protagonistas desta partida acabaram sendo outros: o dirigente Carmine Furletti e o técnico Hilton Chaves, ambos do clube mineiro. Eles invadiram o gramado nos minutos finais e partiram para cima do árbitro Sebastião Rufino e de um dos seus auxiliares. Reclamavam de um suposto pênalti a favor do Cruzeiro que não fora marcado. Aquele episódio teria uma grande repercussão na sequência do campeonato.

Veio então a última partida contra o Internacional, no dia 28 de julho. Bastava uma vitória para que vascaínos conquistassem o título. Mais de 110 mil torcedores compareceram ao Maracanã. E a missão parecia até fácil no início. Nos primeiros vinte minutos, 2 a 0, gols de Roberto e Zanata. No intervalo de jogo, a taça parecia ter caminho certo. Mas o Inter não era adversário para ser subestimado. Veio o segundo tempo, e Lula e Escurinho empataram a partida para os gaúchos. Um balde de água fria na torcida cruzmaltina. O Cruzeiro vencera o Santos por 3 a 1 no Morumbi e se igualara ao Vasco em pontos. Como previa o regulamento, o troféu teria de ser disputado em um jogo extra.

A POLÊMICA DECISÃO DO BRASILEIRO DE 74:


Como o Cruzeiro tinha a melhor campanha do Brasileiro, a partida seria disputada no Mineirão, segundo o regulamento. Mas este, no artigo 59, também informava que se houvesse qualquer tipo de agressão de dirigentes ou torcedores ao árbitro, a tabela do campeonato seria mudada, de modo a inverter o mando dos três jogos seguintes da equipe infratora. A diretoria do Vasco, baseada neste artigo, pediu a mudança do local da partida do Mineirão para o Maracanã. A CBD (entidade que precedeu a CBF) decidiu esperar pelo julgamento de Carmine Furletti e Hilton Chaves para dar o veredito. Os dirigentes celestes acabaram por aceitar a mudança antes mesmo do julgamento.

No dia 1º de agosto, as equipes entraram no Maracanã sob os olhares de 112 mil torcedores. Como era de se esperar, foi uma partida nervosa, marcada por lances polêmicos. O Vasco teve um gol anulado de Jorginho Carvoeiro no primeiro tempo, em impedimento duvidoso. O Cruzeiro também teve um gol não validado de Zé Carlos, nos últimos minutos de jogo, em impedimento inexistente.

Mas também aconteceram lances de emoção e de qualidade técnica por parte dos jogadores. Aos 14 minutos do primeiro tempo, em uma cobrança de falta ensaiada, Zanata rolou para o chute de Fidélis. No meio do caminho, Ademir mandou para dentro do gol: 1 a 0 Vasco. No segundo tempo, o Cruzeiro empatou aos 19 minutos, em uma bomba de Nelinho. Aos 33, porém, o ponta Jorginho Carvoeiro recebeu ótimo passe de Alcir Portela, disputou a bola com o goleiro Vitor e se esticou todo para mandar para dentro da rede: 2 a 1. O Maracanã explodia em festa. O apito final sacramentou o primeiro título de um time carioca no Campeonato Brasileiro e o início de uma trajetória de muitas glórias vascaínas no cenário nacional.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

CARECA PERDEU DOIS PÊNALTIS NUM SÃO PAULO E GRÊMIO!

Campeonato Brasileiro de 83. Careca já era um craque, que havia trocado o Guarani pelo São Paulo, mas ainda se adaptava a seus novos tempos no Morumbi. Naquela tarde de 23 de abril, o São Paulo recebia o Grêmio. Saiu perdendo com um gol de Titã, conseguiu virar o jogo, com um gol contra do goleiro gremista Remi e outro do ponta Paulo César e acabou sofrendo o empate, gol de Tarciso.
Aquele jogo, porém, acabou entrando para a história por causa dos dois pênaltis perdidos pelo São Paulo. Duas vezes Careca bateu, e duas vezes o goleiro gremista Remi defendeu. Aquele jogo acabou 2 a 2, e Careca ainda demoraria um pouco mais para se consagrar como um dos maiores craques do tricolor em todos os tempos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

HÁ 80 ANOS, NASCIA JÚLIO BOTELHO!

Dia 29 de julho de 1929. Há 80 anos, nascia em São Paulo um dos maiores pontas-direitas da história do futebol brasileiro: Júlio Botelho, o Julinho, falecido em 11 de janeiro de 2003, aos 73 anos. Nesta foto, ele é o primeiro da esquerda para a direita, formando o ataque do Brasil com Didi, Henrique, Pelé e Canhoteiro. Este jogo, realizado no Maracanã, em 13 de maio de 1959, terminou com a vitória do Brasil sobre a Inglaterra por 2 x 0, e tornou-se o mais importante da carreira de Julinho.

“Cheguei a ter medo no vestiário. Chorei. Na hora do Hino Nacional, mal conseguia ver, porque as lágrimas me deixavam cedo.” (Júlio Botelho, sobre o jogo em que entrou em campo vaiado e saiu consagrado..)O Brasil havia se sagrado campeão mundial na Suécia, um ano antes, com grandes atuações do ponta-direita Garrincha, fluminense de nascimento e titular do Botafogo. Por isso, quando os alto-falantes do Maracanã anunciaram o nome de Julinho no lugar do ídolo carioca, ouviu-se uma das maiores vaias da história do estádio. As vaias, porém, transformaram-se em aplausos quando Julinho marcou o primeiro gol, logo aos 2 minutos, e, depois, fez a jogada do segundo, marcado por Henrique, aos 28. Àquela altura, porém, Júlio Botelho já era um jogador consagrado, que havia disputado a Copa do Mundo de 1954 pela Seleção. Iniciou a carreira no Juventus, em 1950, passando logo depois para a Portuguesa, onde ficou até 1955. Na Fiorentina, da Itália, foi considerado o principal jogador do time campeão italiano em 1956. De volta ao Brasil, defendeu o Palmeiras até 1967, sagrando-se campeão paulista em 1959 e 1963, do Rio-São Paulo em 1965 e da Taça Brasil em 1960. 31 jogos e 13 gols fez o ponta-direita Júlio Botelho pela Seleção Brasileira, três deles na Copa do Mundo de 1954, na Suíça, em que marcou dois gols. Pela Seleção, Julinho foi também campeão pan-americano, em 1952, da Copa Roca e da Taça do Atlântico, em 1960.

terça-feira, 28 de julho de 2009

PORTUGUESA E GUARANI, UM JOGO DE RIVALIDADE E TRADIÇÃO!

O jogo valia pelo Campeonato Paulista de 1978, e o Guarani já vencia a Portuguesa por 2 a 0, gols de João Carlos e Zenon, quando o árbitro Márcio Campos Sales marcou um pênalti para o Bugre. Os jogadores da Lusa não concordaram com a marcação, e aí formou-se uma grande confusão. Toda vez que a bola era colocada na marca penal, um deles a chutava para longe, impedindo a cobrança.Foi aí que o ponta-esquerda Bozó, do Guarani, em destaque na foto, resolveu sentar em cima da bola, para garantir que ela não sairia mais dali. O zagueirão Pradera, da Portuguesa, encarou a atitude de Bozó como menosprezo à sua equipe, e partiu para cima dele.
A partida ficou interrompida por seis minutos, até que Zenon, finalmente, conseguiu cobrar o pênalti. E ampliar a vitória do Guarani para 3 a 0.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

CORINTHIANS E VITÓRIA NA RETA FINAL DO BRASILEIRO DE 93

1993, Corinthians e Vitória brigam ponto a ponto pelo primeiro lugar de seu grupo na semifinal e pelo direito de enfrentar o Palmeiras na decisão do Brasileiro. No jogo de ida, em Salvador, havia dado Vitória, 2 a 1, naquela que seria a única derrota corintiana em todo o campeonato.A volta foi no Morumbi, no dia 5 de dezembro, um domingo. O Timão precisava ganhar, mas foi o Vitória que chegou a fazer 2 a 0, com um estranho gol de falta de Roberto Cavalo e outro de Pichetti, logo nos dez primeiros minutos de jogo.O gol de Roberto Cavalo foi estranho porque o árbitro Márcio Rezende de Freitas havia marcado falta em dois lances. Cavalo resolveu chutar direto, mas o goleiro Ronaldo tocou na bola e só por isso o gol deveria ter sido validado. Na súmula, no entanto, constou o nome de Roberto Cavalo.O Corinthians ainda empataria aquele jogo em 2 a 2, com Rivaldo e Henrique. Mas acabaria ficando fora da decisão, pois na última rodada, apesar de vencer o Santos por 2 a 1, o Vitória conseguiu empatar por 1 a 1 com o Flamengo, no Maracanã, e classificar-se para a decisão com o Palmeiras.
2º jogo da decisão do campeonato brasileiro de 1993 entre Palmeiras e Vitória

quarta-feira, 22 de julho de 2009

SANTOS E ATLÉTICO PARANAENSE JÁ JOGARAM NO IBIRAPUERA

Nem Vila Belmiro nem Curitiba: no Brasileiro de 96, Santos e Atlético Paranaense enfrentaram-se em um campo neutro, o Estádio Ícaro de Castro Melo, que fica dentro do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.Era a antepenúltima rodada da primeira fase, na qual o Atlético se classificaria como quarto colocado e o Santos, vigésimo, ficaria de fora. Mas naquele dia, 17 de novembro, deu Santos, 3 a 2. O polonês Piekarski fez Atlético 1 a 0, Alessandro Cambalhota empatou, Paulo Rink virou para o Atlético, Ronaldo voltou a empatar para o Santos e Alessandro Cambalhota, no último minuto, fez o gol da vitória santista por 3 a 2.O Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, tem capacidade para 13 mil pessoas, mas naquele dia recebeu apenas 1 843. Atualmente, está restrito apenas às competições de atletismo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

OS 95 ANOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA

Hoje, 21 de julho, faz 95 anos que a Seleção Brasileira entrou em campo pela primeira vez. O local era o Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e o adversário, um clube: o Exeter City, da terceira divisão da Inglaterra. A foto em destaque é uma reprodução do arquivo do Fluminense Futebol Clube, que mostra um cartaz anunciando os três jogos daquela equipe inglesa entre nós, contra um combinado de jogadores ingleses dos clubes cariocas (3 a 0), uma seleção carioca (5 a 3) e um combinado de jogadores do Rio e de São Paulo que pela primeira vez vestiu a camisa da CBD, vencendo por 2 a 0.
Naquele 21 de julho de 1914, a Seleção Brasileira entrou em campo pela primeira vez em sua história com Marcos (Fluminense), Píndaro (Flamengo) e Nery (Flamengo); Lagreca (São Bento-SP), Rubens Salles (Paulistano) e Rolando (Botafogo-RJ); Abelardo (Botafogo-RJ), Oswaldo Gomes (Fluminense), Friedenreich (Ypiranga-SP), Osman (América-RJ) e Formiga (Ypiranga-SP). O capitão era Rubens Salles, que formava a comissão técnica junto com Sílvio Lagreca. Osvaldo Gomes, aos 28 minutos do primeiro tempo, marcou o primeiro de todos os gols da Seleção Brasileira. Osman, aos 36, também na primeira etapa, fechou o placar em 2 a 0. Estima-se que ente 3.000 e 5.000 pessoas tenham presenciado aquele jogo no estádio do Fluminense. Dois meses depois, em 20 de setembro daquele mesmo ano, o Brasil realizava seu primeiro jogo considerado oficial (contra outra seleção): derrota para a Argentina por 3 a 0, no campo do Gimnasia y Esgrima, em Buenos Aires, em um amistoso.

sábado, 18 de julho de 2009

1ª VEZ NA HISTÓRIA DO CAMPEONATO BRASILEIRO

Quem estiver hoje no Palestra Itália assistirá ao primeiro confronto entre Palmeiras e Santo André pelo Brasileirão. Nem mesmo pela Série B os dois times se enfrentaram, já que no ano em que o Verdão esteve por lá, 2003, o Santo André ainda jogava a Série C e subiria como o vice-campeão. De todos os confrontos entre eles, apenas dois valeram por uma competição nacional, a Copa do Brasil de 2004. Eram as quartas de final, e no primeiro jogo, em Santo André, empate por 3 a 3. No segundo, no Palestra Itália, um incrível 4 a 4, que acabou classificando o Ramalhão para as semifinais. Naquele mesmo ano, o Santo André foi o campeão da Copa do Brasil, vencendo o Flamengo no Maracanã há cinco anos. Em destaque na foto com a taça.

O TETRA FAZ 15 ANOS

Nesta sexta-feira, 17 de julho, completam-se 15 anos da conquista do tetracampeonato mundial pela Seleção Brasileira, na Copa do Mundo disputada nos Estados Unidos, em 1994. Treinada por Carlos Alberto Parreira, a Seleção chegou aos Estados Unidos desacreditada, mas aos poucos, jogando um futebol pragmático, foi ganhando confiança. Na primeira fase, derrotou Rússia (2 a 0) e Camarões (3 a 0) e empatou com a Suécia (1 a 1). Nas oitavas de final, fez 1 a 0 nos Estados Unidos, os donos da casa. Nas quartas, ganhou por 3 a 2 da Holanda. Na semifinal, derrotou a Suécia por 1 a 0. A final contra a Itália, o mesmo adversário de 24 anos antes, no México, aconteceu no Estádio Rose Bowl, em Los Angeles. Depois do empate por 0 a 0, a decisão foi para os pênaltis. Baresi chutou por cima, Pagliuca defendeu a cobrança de Márcio Santos. Albertini faz Itália 1 a 0, Romário empatou, Evani faz Itália 2 a 1, Branco empatou novamente. Taffarel defendeu o pênalti de Massaro, Dunga fez Brasil 3 a 2 e Roberto Baggio chutou fora. O Brasil, enfim, era tetracampeão mundial.24 anos o Brasil teve de esperar para ganhar novamente a Copa do Mundo. A última conquista havia sido o Tri no México, em 1970, somando-se às de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

CRUZEIRO X GRÊMIO!

Em 1997, o Cruzeiro conquistou sua segunda Libertadores. Mas para isso teve de passar duas vezes por cima do Grêmio, seu adversário de hoje, pela semifinal da principal competição sul-americana de clubes. Na primeira fase, os dois times estavam no mesmo grupo, ao lado dos peruanos Alianza Lima e Sporting Cristal. O Cruzeiro estreou mal, perdendo em casa para o próprio Grêmio, por 2 a 1, e duas vezes fora, para Alianza e Sporting Cristal, por 1 a 0. Mas recuperou-se nos jogos de volta, fazendo 1 a 0 no Grêmio em Porto Alegre e derrotando o Alianza, por 2 a 0 e o Sporting Cristal por 2 a 1, ambas as vezes no Mineirão. Cruzeirenses e gremistas voltaram a se encontrar nas quartas-de-final daquela mesma Libertadores. No dia 27 de maio de 97, deu Cruzeiro, 2 a 0, no Mineirão, com gols de Elivélton e Alex. Em 3 de junho, no Olímpico, deu Grêmio, 2 a 1, mas foi o Cruzeiro que se classificou pelo saldo de gols. Depois, o time mineiro acabaria campeão da América do Sul, pela segunda vez em sua história.

terça-feira, 23 de junho de 2009

MURICY RAMALHO NÃO SUPERA TELÊ!

Após três anos e meio, Muricy Ramalho deixou de ser o técnico do São Paulo. O recordista de tempo de permanência no cargo, porém, segue sendo Telê Santana, que dirigiu a equipe por cinco anos e três meses, entre 14 de outubro de 1990 e 27 de janeiro de 1996. Na foto, Telê segura as Copas Toyota e Intercontinental, ambas referentes ao Campeonato Mundial Interclubes, que ele conquistou com o São Paulo duas vezes, em 1992 e em 1993.

Mineiro de Itabirito, onde nasceu em 26 de julho de 1931, Telê Santana da Silva foi ponta-direita do Fluminense, do Guarani e do Vasco. Mas foi como técnico, principalmente na Seleção Brasileira nas Copas de 1982 e 1986 e no São Paulo, que atingiu o auge de sua carreira. Já havia tido uma primeira passagem pelo Tricolor, em 1973, e retornou no meio do Brasileiro de 1990, para substituir Pablo Forlán, levando a equipe ao vice-campeonato. No ano seguinte, 1991, Telê foi campeão brasileiro e paulista pelo São Paulo. Em 1992 e 1993, ganhou o bicampeonato da Libertadores e do Mundial Interclubes, além de ser bicampeão paulista. Ganhou ainda uma Supercopa Libertadores, em 1993, e duas Recopas Sul-Americanas, em 1993 e 1994, antes que uma isquemia cerebral o afastasse do cargo. 360 jogos fez Muricy Ramalho no comando do São Paulo, com 194 vitórias, 100 empates e 66 derrotas. Telê, em 410 jogos, ganhou 197, empatou 122 e perdeu 91.

terça-feira, 28 de abril de 2009

HÁ 40 ANOS SURGIA O PORCO!

Há 40 anos na noite de 28 de abril de 1969, um acidente na ponte da Vila Maria, na Marginal Tietê em São Paulo, vitimou o lateral-direito Lidu e o ponta-esquerda Eduardo do Corinthians. Na sequência da morte dos dois corintianos, a Federação estudou permissão especial para que o Corinthians inscrevesse dois novos jogadores. Para que isso ocorresse, seria necessário que todos os clubes aprovassem. Todos aprovaram, menos o Palmeiras.

O episódio motivou a criação do apelido de Porco, pela torcida corintiana. E tempos mais tarde, em 29 de outubro de 1986 no jogo Palmeiras 1 Santos 0, no estádio do Pacaembu, a torcida alviverde assumiu definitivamente o Porco no lugar da mascote oficial, o Periquito.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

LOUCOS, ESPECIAL 100 ANOS DO INTER!

Há um século, na tarde de 4 de abril de 1909, um domingo, cerca de 40 jovens entre 17 e 20 anos reuniram-se no porão de uma casa na Avenida Redenção (depois rebatizada como João Pessoa), número 141, para fundar o Sport Club Internacional. O nome é uma homenagem ao Internacional de São Paulo, campeão paulista de 1907, e foi escolhido somente na segunda reunião, em 11 de abril. Na foto, os jogadores Otto Petersen e Antenor Lemos (futuro presidente do clube) aparecem com a primeira camisa do Inter, que diferentemente da atual, toda vermelha, era listrada em vermelho e branco.


Na primeira vez em que entrou em campo, no dia 18 de julho de 1909 - portanto, apenas três meses depois de ser fundado -, o Inter resolveu desafiar justamente o Grêmio, clube estruturado desde 1903. Naquele primeiro Grenal, perdeu por 10 a 0, até hoje a maior goleada da história do clássico. Cem anos depois, no entanto, o Internacional apresenta mais vitórias que o rival no confronto direto: 140 contra 118. Tem também mais títulos de campeão gaúcho: 38 contra 35 do Grêmio, conquistados em 1927, 1934, 1940/41/42/43/44/45, 1947/48, 1950/51/52/53, 1955, 1961, 1969/70/71/72/73/74/75/76, 1978, 1981/82/83/84, 1991/92, 1994, 1997, 2002/03/04/05 e 2008. O Inter foi ainda três vezes campeão brasileiro, campeão da Copa do Brasil em 1992, da Recopa Sul-Americana em 2006, da Copa Sul-Americana em 2008, da Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa em 2006.